janeiro 11, 2012

Online

Agora que comecei, aos poucos, a entrar na blogosfera, que admito estar a ser-me viciante, encontro-me frequentemente a tecer considerações para mim própria acerca do que vou vendo.
Há uma panóplia gigante de estilos, de pensares, de sentires. E, assim sendo, gosta-se, naturalmente, mais de uns do que de outros. Há coisas muito diferentes, nomeadamente a nível de conteúdos, que se procuram como enriquecimento, como aprendizagem, pelas referências culturais que exibem, pelos conhecimentos que queremos, também nós, conhecer. Depois há estilos que perpassam afeto, serenidade, visão e que são, por isso, os mais perigosos - fazem-nos voltar a eles permanentemente, pelas boas, equilibradas reflexões que permitem, não conseguimos passar sem eles. Há, também, uma coisa chamada humor que só valoriza qualquer estilo. Aligeirar, não ignorar, só traz benefícios a um país triste. Pode haver ainda aqueles com os quais nos identificamos, uma escrita que discorre sobre as coisas que nos interessam e que nos dizem, também a nós, muito. Mais à frente, encontramos as abordagens um nadinha primárias, pessimistas, fechadas, que podem repelir quem acredita na luz e, pelo contrário, atrair quem prefere as histórias das trevas. Podem ser interessantes, importantes, mas a precisar de mais confiança e esperança. Há linguagens, inevitavelmente. Da parte de quem escreve e da parte de quem comenta. Umas que primam pela elegância - como as prefiro - outras que nem por isso. Nestas, as palavras são ofensivas, feias, grotescas até, e quantos de nós não preferimos o belo?
Trata-se, pois, de fazer escolhas que vão ao encontro do nosso sistema de valores, da nossa noção de estética, do nosso sentido de humor, da nossa perspetiva da vida e dos outros, do nosso esquema mental, da nossa forma de gostar (d)e viver.

2 comentários:

  1. Temos as nossas preferências em termos de leitura de blogues como quem tem predileção por um determinado escritor. Alguns atraem-nos pela fluência da escrita, o bom humor e a forma agradável que nos levam a refletir sobre o mundo em que vivemos. Para falar de coisas mais aborrecidas, não é necessário escrever de forma hermética e aborrecida...esses repelem qualquer leitor. Gi

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  2. Pois temos - as preferências. Mas o fascinante é a diversidade, o enriquecimento. Por outro lado, o negativo é a confusão, a dispersão:) Escolha-se bem e q.b., então:)

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